"OS QUE JURAVAM INOCÊNCIA NO INÍCIO DA LAVA-JATO, HOJE CONFESSAM OS CRIMES", CONSTATA DALL

Coordenador da Força Tarefa da Operação Lava-Jato no Ministério Público, faz defesa firme da operação e cobra por igualdade perante a lei.

"OS QUE JURAVAM INOCÊNCIA NO INÍCIO DA LAVA-JATO, HOJE CONFESSAM OS CRIMES", CONSTATA DALLAGNOL

Coordenador da Força Tarefa da Operação Lava-Jato no Ministério Público, faz defesa firme da operação e cobra por igualdade perante a lei.

O Procurador da República Deltan Dallagnol, é certamente um dos rostos mais conhecidos do país hoje. Coordenador da Força Tarefa da Operação Lava-Jato, graças à Dallagnol e seu time o Brasil teve acesso ao mar de lama que tomou conta da República. Apesar de bastante jovem, com apenas 36 anos, Dallagnol se mostra bastante ponderado ao defender a Operação em entrevista exclusiva ao jornal O Globo.

Perguntado sobre os ataques que a Lava-Jato tem enfrentado desde a condução coercitiva do ex-Presidente Lula para depor, o Procurador faz uma constatação. "Grande parte dos investigados que resistiram e juraram inocência, no início da investigação, hoje reconhecem os crimes e colaboram com a Justiça", relembra.

O Procurador é duro quando defende o fim do Foro Privilegiado concedido em excesso no Brasil. "A proliferação do foro especial, sem justificativa, além de ferir a igualdade, dificulta ou impede a investigação por corrupção daqueles que mais deviam zelar pelo bem da sociedade e a traem, roubando o povo", dispara.

Dallagnol também mostra o tamanho do rombo nos cofres públicos. "Os prejuízos descobertos são estimados em até R$ 29 bilhões pelo Tribunal de Contas da União, e em até R$ 42 bilhões pela Polícia Federal", destaca. Até aqui, a Operação já recuperou para os cofres públicos mais de R$ 2 bilhões de reais. Apesar de parecer pouco, diante do tanto que já foi desviado, é o maior volume já resgatado de um esquema de corrupção na história do Brasil.

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